Eduardo Cunha, presidente da Câmara (Foto: Divulgação) |
Diante da repercussão negativa, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu nesta
segunda-feira (2) recuar da medida que autoriza o uso de dinheiro da
cota parlamentar para a compra de passagens aéreas para cônjuges de
deputados.
Cunha
afirmou que levará uma proposta alternativa para a reunião desta terça
(3) da mesa diretora da Câmara, que aprovou a medida no último dia 25,
entre uma série de outros benefícios para os parlamentares.
“Eu
chamei a reunião da Mesa amanhã [terça] com uma única pauta, justamente
para tratar do assunto das passagens, em que vamos propor algum tipo de
mudança. Ainda vou acertar. Como foi a Mesa que decidiu, caberá à Mesa
mudar”, afirmou o presidente da Câmara.
O
PSDB chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim
de suspender a medida. Na noite de sexta-feira, o ministro Teori
Zavascki recusou o pedido dos tucanos. Nesta segunda, o PT anunciou que
abria mão do benefício. Outros partidos já tinham feito o mesmo.
Eduardo
Cunha admitiu que a repercussão contrária a medida motivou o recuo.
"Realmente, a repercussão foi muito negativa, eu reconheço que a
repercussão foi negativa”, disse. “Eu acho que não houve o procedimento
correto sobre o que existia no passado. De qualquer forma, nós estamos
sempre subordinados à vontade da opinião pública e, se nós fizemos
efetivamente algo que a repercussão não está positiva, cabe a nós
fazermos a 'mea culpa' e corrigirmos”, declarou.