Microempreendedora do Cariri ganhou troféu prata no Prêmio Mulher de Negócio do Sebrae Nacional, em Brasília
Empreendedora começou o seu próprio negócio informalmente para ter uma renda que a sustentasse e ao filho recém-nascido (Divulgação Sebrae) |
A Paraíba concorria com três empreendedoras, que foram as vencedoras da etapa estadual. Além de Germana, outras duas paraibanas participaram da competição nacional: Ana Cristina Chianca Heim e Maria Andreia Ferreira Araújo disputavam as categorias Pequenos Negócios e Produtora Rural, respectivamente.
Para a gestora do Prêmio Mulher de Negócio do Sebrae Paraíba, Maria José, os relatos dos negócios das mulheres paraibanas têm conquistado espaço no cenário nacional. “Os prêmios mostram que os relatos têm sido bem avaliados tanto na etapa estadual, como no cenário nacional. A história de Germana Andréa é mais uma história de superação no empreendedorismo feminino. Ela buscou capacitação e inovação para se diferenciar em seu negócio em Monteiro para crescer no negócio”, declarou.
Superação
A empresária Andrea começou a vender lanches num carrinho de mão, passou por dificuldades várias vezes, até conseguir se estabilizar e vencer o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Atualmente, a Barraca da Andrea oferece café da manhã, almoço, lanches e algumas bebidas. Mas o forte do negócio dela são as comidas típicas regionais, além dos serviços de buffet de doces e salgados para festas. Mas nem sempre ela esteve tão bem, porque em alguns momentos pensou em desistir e voltar a procurar emprego em uma empresa.
Início como cozinheira
A empreendedora começou a vida profissional de cozinheira nos restaurantes de Recife, capital pernambucana. Por causa da gravidez e da licença-maternidade, se afastou do trabalho. Voltou a Monteiro e começou a observar a cidade onde nasceu com o olhar de empreendedora. Pensava em voltar um dia e investir num pequeno negócio.
De volta a Monteiro, investiu o dinheiro da demissão em materiais para fabricação de lanches. “Foram apenas R$ 300 porque eu não podia gastar muito. Mas fiz um primeiro teste, vendendo num carrinho de mão nos bingos e festas da cidade”, relembrou. Ganhava pouco, mas ficou assim por seis meses. Em 2005, andando pelo mercado público, viu um boxe pequeno desocupado e planejou em colocar seu negócio lá.
Assim, ela começou a atuar num ponto fixo, onde ficou durante três anos. Já em 2008, ela viu que bebida alcoólica era um produto de grande procura. Resolveu montar um bar na cidade, que funcionou apenas durante um ano. Sempre aumentando um pouco a renda, ela ficava procurando se adaptar à realidade local. Voltou ao mercado no ano seguinte, desta vez para uma barraca própria. Descobriu o MEI em 2010 e não perdeu tempo, se formalizou.
Andrea foi mudando o estilo de bar para restaurante e lanche e ficou até 2011 no ponto, que vendeu para pagar contas. Depois, teve que voltar a alugar outro local para continuar o trabalho por um ano no mercado. Ano passado, ela consegui comprar o equivalente a dois pontos, onde atualmente faz e vende os salgados, bolos, tortas e lanches em geral.
Jornal da Paraíba