O UFC 207, realizado na última sexta-feira (30), em Las Vegas, consagrou Cody Garbrandt como o novo campeão peso galo do UFC. Contudo, o desfecho da luta vai além do fato do norte-americano ter conquistado o cinturão da organização. Com uma atuação de gala, o atleta mostrou que pode ser o novo “Conor McGregor” da organização.
Membro da Team Alpha Male, o lutador “vingou” seus colegas de equipe ao massacrar Dominick Cruz na disputa pelo título. Mas alguns fatores apresentados no combate exaltam o potencial de Garbrandt para ser a nova estrela da organização.
Confira alguns pontos que podem ajudar Garbrandt a se tornar uma estrela:
Invicto em lutas profissionais de MMA
Ao contrário de McGregor, que ganhou destaque por suas atuações, mas já tinha duas derrotas na carreira, o norte-americano nunca sofreu um revés em suas 11 apresentações. No UFC desde janeiro de 2015, o atleta foi acumulando vitórias convincentes até obter a chance de disputar o título de Dominick.
Após nocautear Thomas Almeida, principal nome brasileiro na divisão dos galos e uma das esperanças de título para o Brasil, Garbrandt começou a provocar Dominick Cruz em busca de uma chance pelo cinturão.
Enquanto trocava farpas com o ex-campeão via imprensa, que dizia não conhece-lo, Garbrandt acumulou mais uma vitória na organização (nocauteando Takeya Mizugaki em menos de um minuto) e assegurou a chance de desafiar o rival.
Após intensas provocações, que chegaram até a envolver a namorada de Garbrandt, o duelo finalmente foi agendado. Mas havia uma dúvida: seria Garbrandt capaz de parar Cruz, o maior nome da história da divisão: em oito anos de invencibilidade, o ex-campeão havia acumulado 11 vitórias seguidas.
Já dentro do octógono, onde as provocações costumam dar lugar à seriedade, o norte-americano não se escondeu e manteve o estilo ousado. Desde o início, Garbrandt mostrou que a ideia de tentar desestabilizar mentalmente o campeão teria resultado: Cruz foi cometendo erros incomuns para um atleta do seu nível e começou a sofrer com a mão pesada do desafiante.
O show foi se tornando maior a cada round: Garbrandt chegou a ter várias oportunidades para nocautear o rival e acabar com a luta, mas optou por provocar e ironizar Cruz ao invés de conectar golpes. Com isso, foi conquistando os torcedores presentes na T-Mobile Arena.
Ao término do confronto, Garbrandt passou de desafiante falastrão para uma potencial estrela dentro da organização. O lutador ainda teve tempo para fazer uma emocionante homenagem a Maddux Maple, um garoto de 11 anos que se recuperou de uma grave doença.
Garbrandt mal conquistou seu cinturão e já pensa em grandes desafios: o campeão peso pena, José Aldo, e o campeão peso leve, Conor McGregor. Em entrevista ao site “MMA Fighting”, o campeão peso galo já afirmou ter planos de realizar lutas que lhe tragam “dinheiro e visibilidade”.
“Eu poderia subir de categoria para enfrentar o José Aldo. Ele tem vitórias sobre os meus companheiros de time, é uma lenda, e eu gostaria de testar o seu queixo. Eu sei que bato duro e estou apenas começando”, declarou o campeão.
Já com relação a McGregor, a tensão criada no TUF pode ajudar a promover o confronto. Em uma das discussões ocorridas no programa, Garbrandt chegou a empurrar McGregor, elevando a tensão entre eles.
“Também gostaria de ter uma luta contra Conor McGregor. Eu conseguiria subir de peso facilmente. Meu amigo Nate Diaz o finalizou, e não consigo acreditar que ele é o segundo peso-por-peso da lista, mesmo depois de ter sido finalizado”, provocou Garbrandt.
Resta saber qual será o próximo passo da organização para o novo campeão. Mas uma coisa é certa: Cody Garbrandt está no caminho certo para se tornar uma das maiores estrelas do UFC.
Uol