O rombo anual da PBPREV (previdência estadual) é de, pelo menos R$ 1 bilhão, segundo
entrevista do secretário de planejamento da Paraíba, Waldson de Souza.
Segundo o Governo da Paraíba, apesar do déficit mensal girar em torno de R$ 100 mil, ainda não
há definição sobre um debate a respeito de reforma na PBPREV.
A reportagem procurou os órgãos estaduais e do município de João Pessoa para esclarecer
questões em escala local sobre a reforma da previdência proposta pelo Governo Federal. A
reforma nacional da previdência social propõe idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres e pelo menos 25 anos de contribuição para todas as categorias profissionais,
entre outros aspectos.
"Existe sim um déficit. Hoje ele é estimado em pouco mais de R$ 100 milhões por mês e o tesouro
do Estado é que recompõe. [Por ano a dívida fica] perto de R$ 1 bilhão, quando não ultrapassa
R$ 1 bilhão", reforça o secretário Waldson Souza.
Quando perguntado sobre a possibilidade do Estado realizar uma reforma própria, o secretário de planejamento foi categórico ao dizer que o governo da Paraíba não tem ainda um plano pronto.
"Não temos ainda como responder isso. Estamos fazendo estudos na lei que hoje está vigente para
o Estado e estamos aguardando o posicionamento da reforma da previdência no governo federal".
O presidente da PBprev, Yuri Simpson, deu o mesmo posicionamento sobre uma eventual reforma
na previdência da Paraíba.
Waldson Souza ainda afirmou que a procura pela aposentadoria tem aumentado desde o anúncio
da reforma. "É óbvio [esse aumento]. Se você tem hoje uma situação de menos tempo de
contribuição e menos idade, é natural que os servidores busquem esse benefício logo", confessou.
Previdência em João Pessoa
O Instituto de Previdência Municipal de João Pessoa (IPM-JP) foi procurado e o superintendente
Diego Tavares contou que não há previsão para mudança na previdência dos aposentados. Já
para os pensionistas, alguns pontos têm sido debatidos sobre mudanças.
"Eles têm que comprovar pelo menos dois anos de união estável ou casamento para que se tenha direito à pensão - para evitar algumas fraudes, como aquelas de pessoas que já estão em estado terminal e simulam um casamento para ter direito a pensão", conta Diego Tavares.
Ainda de acordo com o superintendente, esses pontos estão sendo debatidos ainda internamente
para que depois sejam apresentados para a população.
G1PB