Moinho Dias Branco pode ser alvo de ação por morte de trabalhador em Cabedelo
O funcionário era contratado terceirizado pela empresa Saul SN Prestadores de Serviço, e tinha a função de limpar o silo
O processo relativo ao Moinho Dias Branco reúne todos os casos correlatos que aportaram no MPT-PB, para facilitar a investigação (Foto: Walla Santos)
O Moinho Dias Branco, localizado no município de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, pode ser alvo de ação civil pública, por causa da morte de um trabalhador que caiu dentro de um equipamento que tritura trigo, em 23 de fevereiro de 2016. O Ministério Público do Trabalho na Paraíba recebeu neste mês o laudo pericial sobre o caso, que foi juntado aos autos e está concluso para o procurador do Trabalho Eduardo Varandas, responsável pelo processo (928-2015).
Na época, o jovem Ewerton Arthur Santo, de 22 anos, morreu após cair dentro de um silo de trigo do Grande Moinho Tambaú, pertencente à empresa paraibana alimentícia Moinho Dias Branco, localizada no Porto de Cabedelo. O funcionário era contratado terceirizado pela empresa Saul SN Prestadores de Serviço, e tinha a função de limpar o silo.
O processo relativo ao Moinho Dias Branco reúne todos os casos correlatos que aportaram no MPT-PB, para facilitar a investigação. Entre eles, está o caso do silo que desmoronou, também no ano de 2016, no dia 22 do mês de setembro, matando quatro vacas que se encontravam no local e foram soterradas pelo cereal que estava armazenado dentro do equipamento.
“A investigação está já nos trâmites finais, a gente determinou uma perícia no âmbito da empresa para verificar o cumprimento de todas as normas de segurança e medicina do trabalho, a perícia chegou no início do mês e eu vou avaliar todas as provas nos autos para verificar se houve uma conduta grave da empresa no que se refere ao acidente, ou se o acidente de fato decorreu de um elemento alheio. Havendo qualquer indício, menor que seja, de responsabilidade da empresa, nós vamos acionar a empresa na Justiça para fins de indenização”, explicou Eduardo Varandas, ao Portal ClickPB.
