Ficar de olho na fonte! Com o número cada vez maior das FakeNews, as notícias falsas, todo mundo deve estar bem atento. Uma pesquisa realizada na Paraíba busca entender como os boatos se espalham nos meios eletrônicos e dessa forma ajudar a combatê-los.
Elas estão por todas as parte. Nas redes sociais o que mais encontramos são as famosas FakeNews ou “notícia falsa”. Elas podem ser facilmente traduzidas em uma brincadeira antiga, o telefone sem fio, ou até mesmo a fofoca, a rádio peão.
Informações que são compartilhadas sem que a fonte seja consultada ou mesmo as partes envolvidas. Mas o que antes se restringia apenas a um pequeno ciclo de convivência, com o advento das redes sociais o impacto se tornou ainda maior.
Um dos casos mais recentes foram as FakeNews envolvendo a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro. As publicações tentavam denegrir a imagem da parlamentar. De acordo com o Coronel Arnaldo Sobrinho a criação e compartilhamento de notícias falsas podem acarretar em responsabilidade criminal e civil.
“As pessoas podem ser responsabilizadas criminalmente. Composições que podem chegar até 3 anos de detenção e podem também ser responsabilizado a indenizar essas pessoas em face de algum dano moral, que possa ser provocado”, disse.
O mais difícil é localizar os responsáveis pelas notícias falsas, mas não impossível.
“A polícia da Paraíba tem acompanhado, estado vigilante a qualquer conduta que possa desviar-se do cumprimento da lei e da ordem”, garantiu o Coronel.
Para identificar se a notícia é verdadeira ou falsa os usuários buscam algumas alternativas. Mas hoje existem pessoas especializadas em produzir notícias falsas e descobrir a veracidade delas está cada vez mais difícil, principalmente durante o processo eleitoral, já que é um serviço atrativo para campanhas políticas.
As pessoas estão cada vez mais efetivas no sentido de produzir esse tipo de conteúdo. O professor Carlos Eduardo faz parte de uma equipe formada por alunos e mestres da UFPB e IFPB, que iniciaram uma pesquisa sobre FakeNews.
Eles criaram um site em português, inglês e em russo, para tentar enganar as pessoas que procuram checar a veracidade da notícia. A ideia é tentar entender como funciona o mecanismo de propagação das notícias falsas.
“Em cima dessas informações, que a gente coleta, pretendemos conseguir propor algum mecanismo ou alguma ferramenta para auxiliar as pessoas no processo de consumo de notícias. Para que elas tenham, pelo menos um grau de credibilidade, que possa atribuir algum outro site”, disse o professor.
Carlos deixa também dicas de como não ser vítima de uma FakeNews.
“Além do senso crítico, que é difícil de homogenizar, você tem que verificar a fonte da informação, o site que está te passando aquela informação. Você conhecia ele antes? Você consegue verificar informações sobre o corpo editorial? Sobre quem é o editor-chefe, quem são os repórteres. Até porque todo site tradicional irá oferecer essas informações. Quando o site não oferece esse tipo de informação já é indício de que aquilo pode ser falso”, alertou o especialista.
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