Com 273 casos este ano, diagnósticos positivos mais que dobraram e estado registrou 43 mortes causadas pela inflamação, que pode ser evitada com vacina.
O estado da Bahia vive uma situação de alerta para meningite. Até 24 de setembro deste ano (semana epidemiológica 38), foram registrados 273 casos da doença, o que levou a um crescimento de 160% em comparação com o mesmo período de 2021, quando foram contabilizados 105 diagnósticos positivos. Este ano, já ocorreram 43 mortes pela doença. Em 2021, foram 21 óbitos, quase 50% a menos.
Em 2018 e 2019, no mesmo período, foram confirmados 337 casos e 348 diagnósticos positivos de meningites respectivamente por todas as etiologias.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (Sesab), até julho deste ano, apenas 62,9% das crianças tinham sido imunizadas contra a meningite. "Possivelmente, a redução das medidas de controle (isolamento social, uso de máscaras etc.) adotadas durante a pandemia da covid-9, podem ter contribuído para o aumento do número de casos em 2022. Não se observa aumento de casos registrados quando a comparação é com os dois anos anteriores a pandemia."
No final de setembro, O GLOBO publicou uma reportagem que mostra o avanço da doença no país, com quatro estados apresentando aumento no número de casos de meningite. Além da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram elevação nos casos até setembro.
O cenário de baixa cobertura vacinal para meningite afeta não apenas a Bahia, como também todo o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de cobertura vacinal está em torno de 52,08%. A meta é vacinar 95%.
Em nota, a Sesab informou que "o estado da Bahia ampliou a oferta da vacina meningocócica C conjugada para as pessoas de 1 ano de idade até 19 anos, 11 meses e 29 dias de forma seletiva". Além disso, recomenda "a vacinação indiscriminada para profissionais de saúde com a vacina meningocócica C. Da mesma forma, também foi ampliado o público-alvo da vacina meningocócica ACWY, que estará disponível na rede pública, até junho de 2023, para os adolescentes de 11 a 14 anos. Além da vacina meningocócica, na rede pública, temos outras vacinas disponíveis contra meningites bacterianas como: BCG, Pentavalente e pneumocócica 10 valente".
O que é a meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges —as três membranas que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A doença pode ser causada por bactérias ou vírus. Mais raramente, é provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, da tuberculose. Pessoas de todas as idades podem desenvolver o quadro, que no entanto costuma afetar mais crianças.
Entre as formas mais comuns, a meningocócica é a mais grave. Desencadeada pela bactéria Neisseria meningitidis, tem evolução rápida e pode ser letal em 24 horas. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior será a chance de cura.
Como é a forma de transmissão da meningite?
A doença pode ser transmitida pelo portador através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. O período de incubação varia de dois a dez dias.
Quais são os sintomas da meningite?
Ribas lembra que a taxa de letalidade é alta, de cerca de 30%. Entre os principais sintomas estão febre, dores, mal-estar, dificuldade para encostar o queixo no peito e eventualmente manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. O último sinal, inclusive, é o indicativo de que a bactéria se alastrou pelo organismo o que pode virar uma infecção generalizada.
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