País é o segundo do mundo que mais executa pessoas, atrás só da China; em 2022, ao menos 582 foram mortos pelo governo local.
Dois homens foram enforcados no Irã depois que foram acusados de queimar um exemplar do Alcorão e insultar o profeta Maomé, anunciou nesta segunda-feira (8) a agência de informações da autoridade judicial do país, Mizan Online.
Sadrollah Fazeli Zarei e Youssef Mehrdad, declarados culpados de "insultar o profeta Maomé e outras blasfêmias, incluindo queimar o Alcorão", foram enforcados hoje de manhã, de acordo com o site da agência.
Um dos acusados confessou em março de 2021 que havia publicado os insultos nas redes sociais, de acordo com a Mizan. As ONGs de defesa dos direitos humanos afirmam que as "confissões" no Irã são obtidas com torturas.
O Irã é o segundo país do mundo que mais executa pessoas, atrás apenas da China, de acordo com a Anistia Internacional e outras organizações.
Em 2022, o número de pessoas executadas no país aumentou 75% na comparação com o ano anterior, informaram em abril as ONGs 'Iran Human Rights' (IHR), com sede na Noruega, e 'Ensemble contre la Peine de Mort' (ECPM), com sede na França.
Ao menos 582 pessoas foram executadas na República Islâmica em 2022, um recorde desde 2015, contra 333 em 2021, de acordo com as duas organizações.
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