O futuro diretor do BC foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda e é homem de confiança do ministro Fernando Haddad.
Os senadores aprovaram a indicação de Gabriel Muricca Galípolo para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central (MSF 27/2023). A votação foi realizada nesta terça-feira (4), em sessão deliberativa do Senado Federal. Galípolo foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça, e o próximo passo agora é comunicar a aprovação à Presidência da República.
No momento da votação do nome de Galípolo, 52 senadores estavam presentes no plenário. A maioria deles — 39 — votou favorável à indicação. Doze senadores foram contra, e houve uma abstenção.
Galípolo é homem de confiança do ministro Fernando Haddad. É economista e até então ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Trabalhou no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e no Banco Fator. O ex-número 2 de Haddad também ocupou a chefia das secretarias de Economia e de Transportes no governo estadual de São Paulo.
Pontos de interesse
A indicação de Galípolo tem duas principais frentes: o Comitê de Política Monetária (Copom) e a sucessão do Banco Central.
Na diretoria de Política Monetária, o economista terá destaque no debate sobre a taxa básica de juros, a Selic, durante as reuniões do Copom. O governo federal tem pressionado o banco para uma diminuição da taxa.
Além disso, o mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, se encerra em 2024. O nome de Galípolo já ronda nos bastidores como uma das opções para substituí-lo.
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