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16.10.23

A Espanha controlou a Noruega em Oslo, se garantiu na Euro e ainda despachou os oponentes

 A Espanha está classificada para a Eurocopa e confirmou também a Escócia, enquanto a Noruega agora no máximo poderá disputar a repescagem via Liga das Nações

A Espanha é a atual campeã da Liga das Nações e também foi semifinalista na última Eurocopa. Pode não ser mais uma equipe tão assombrosa quanto a de anos atrás, mas segue forte e disputará o torneio continental mais uma vez. Neste domingo, a Roja confirmou sua presença na Euro 2024, em vitória que também garantiu a participação da Escócia por tabela. A Espanha derrotou a Noruega por 1 a 0 em Oslo, num resultado que culminou na eliminação dos escandinavos no Grupo A, mas ainda com chances de pintar na repescagem. Apesar da badalação ao redor dos noruegueses, pouco se viu do time. Haaland estava muito isolado e os anfitriões mal criaram. Os espanhóis tiveram a segurança necessária e o controle, com um gol de Gavi já suficiente para levar a equipe a mais uma Eurocopa.

A Espanha chega a 12 participações na Eurocopa, presente em todas as edições do torneio desde 1996. A Roja possui uma história de respeito no torneio continental, com o título na segunda edição, em 1964, além do marcante bicampeonato em 2008 e 2012. Mais recentemente, o time fez um papel digno ao cair nas semifinais em 2020. Parece ter condições de chegar longe novamente, até pela maneira como os comandados de Luis de la Fuente se portaram na recente conquista da Liga das Nações.

O atual elenco da Espanha não conta com um número tão grande de craques, como era há uma década. Existe uma claríssima liderança técnica no meio-campo, representada por Rodri. Já o diferencial dos espanhóis talvez seja a quantidade de bons jogadores à disposição, alguns com enorme potencial pela juventude. Figuras como Pedri, Gavi, Lamine Yamal e Nico Williams possuem inegáveis margens de crescimento. Podem se tornar craques num futuro próximo. Também há bons candidatos a destaque entre os mais rodados, como Dani Olmo e Mikel Oyarzabal. Talvez a maior preocupação fique com a falta de melhores alternativas na defesa, assim como as oscilações de algumas figuras que podem render mais.

As escalações

Stale Solbakken escalou a Noruega num 4-2-3-1, com vários de seus incensados talentos. Orjan Nyland ocupava o gol. A defesa tinha Julian Ryerson e Birger Meling nas laterais, além de Leo Ostigard e Stefan Strandberg no miolo da zaga. Já os nomes mais conhecidos ficavam do meio para frente. Sander Berge e Patrick Berg eram os volantes. A trinca de meias contava com Oscar Bobb, Martin Odegaard e Fredrik Aursnes. Já na frente, Erling Braut Haaland era o homem de referência.

A Espanha de Luis de la Fuente mantinha o tradicional 4-3-3. Unai Simón permanece como goleiro titular. Dani Carvajal e o estreante Fran García eram os laterais, com Robin Le Normand e Aymeric Laporte centralizados. O meio tinha Rodri acompanhado por Gavi e Fabián Ruiz. Já no ataque, Ferran Torres e Ansu Fati ocupavam as pontas, com Álvaro Morata centralizado.

Morata, Morata…

A partida começou disputada no campo de ataque da Espanha. A Roja era dona absoluta da posse de bola e mantinha um controle seguro da partida, sem se expor aos contra-ataques da Noruega. Haaland se via isolado demais, sem que as transições funcionassem. Porém, não era uma apresentação tão criativa dos espanhóis. O time não conseguia acelerar seu jogo na linha de frente ou criar oportunidades. Exceção feita a uma batida de longe dada por Carvajal, a equipe demorou demais a ameaçar. Rodri se destacava em seu papel ao ditar o ritmo de sua equipe, claro protagonista na atual geração espanhola.

Aos 20 minutos, a Espanha até conseguiu balançar as redes. No entanto, o tento acabou anulado por conta da fome de Morata. Numa bola levantada de Carvajal para Ansu Fati, Strandberg tentou se antecipar e fez o desvio. O problema é que o zagueiro matou o goleiro Nyland e ia anotando um bisonho gol contra, por cobertura. Quando a bola estava prestes a entrar, Morata quis sublinhar seu oportunismo e completou para dentro. Só que o centroavante estava impedido e a arbitragem anulou o tento após revisão do VAR. O gol contra, se ocorresse, seria legal e teria dado a vantagem aos ibéricos.

A Espanha passou a arriscar um pouco mais na metade final do primeiro tempo. Carvajal assustou novamente num tiro de longe, enquanto algumas bolas foram rifadas pela defesa da Noruega. O problema é que o ataque não estava muito afiado. Morata era justamente quem mais levava perigo, sem a mesma contundência de Ansu Fati ou Ferrán Torres. Do outro lado, somente depois dos 40 é que a Noruega começou a se engraçar. Haaland era bem marcado, mas se empenhava muito e começou a participar mais. Laporte seria ótimo para travar o centroavante em dois giros perigosos na área, enquanto Ostigard ainda teve uma cabeçada para fora.

O gol rápido de Gavi

A Espanha mudou para o segundo tempo, com David García e Mikel Oyarzabal. Saíram Le Normand e Ansu Fati. Os primeiros minutos dos espanhóis já foram bem mais agressivos, com direito a um lance perigoso de Oyarzabal. E o gol pintou aos quatro minutos, numa jogada de muita insistência na área. Foram dois chutes bloqueados no meio do caminho, até que Gavi enfim mandasse a bola para as redes. Ainda existiam dúvidas sobre uma possível interferência de jogadores impedidos, mas a arbitragem validou o gol. Era uma vantagem merecida diante do que se via em campo.

A Noruega mudou aos 13 minutos, com Antonio Nusa e Alexander Sorloth deixando o time mais ofensivo, nos lugares de Berg e Bobb. De fato, a equipe melhorou. Passou a arriscar um pouco mais e a marcar de maneira mais adiantada. Nusa apresentou seu cartão de visitas e finalmente exigiu uma defesa de Unai Simón, sem tantos problemas para o goleiro. Já os ataques da Espanha se tornavam um pouco mais esporádicos e sem tanta precisão. Não à toa, outra troca de Luis de la Fuente veio aos 27, com Alfonso Pedraza na vaga de Ferran Torres. Os melhores lances surgiam em chutes de média distância, para fora, inclusive do próprio Pedraza.

Todavia, a Noruega tinha dificuldades para construir e também sentia o cansaço. Aos poucos, as expectativas de uma reação arrefeceram. Kristoffer Ajer e Kristian Thorstvedt entraram, mas não auxiliaram tanto. Já outra novidade na Espanha era Oihan Sancet no meio-campo. Haaland deu sua primeira finalização no segundo tempo aos 39, mas numa batida travada, de fácil defesa para Unai Simón. O centroavante não estava em seu dia, especialmente porque a colaboração era mínima. Na resposta, Morata tentou fazer de cavadinha e Ryerson salvou em cima da linha, mas o atacante também estava impedido. Logo saiu para a entrada de Joselu, aos 44. Era minutos finais mais arrastados, com oito minutos de acréscimos, mas parcos sinais de vida dos noruegueses. Nusa tentou um pouco mais, mas o time errava muito tecnicamente e não tinha entrosamento. A derrota era natural, contra uma Espanha melhor encaixada e de mais recursos.

A sequência do grupo

A Espanha chega aos 15 pontos no Grupo A das eliminatórias da Eurocopa, ao lado da Escócia. Assim, as duas equipes se classificam por antecipação. A Noruega, com 10 pontos e só uma partida restante, não pode mais se classificar via grupos. Sua única chance é na repescagem, que considera o desempenho na Liga das Nações, mas ainda assim depende de uma combinação de resultados. Geórgia e Chipre também não têm mais chances dentro do Grupo A, mas os georgianos já se garantiram na repescagem. Os espanhóis ainda pegarão cipriotas e georgianos na reta final da campanha. Já os noruegueses encerrarão a participação contra os escoceses.

Por Trivela

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