Arana e Gabriel Jesus concederam entrevista coletiva após o primeiro treino do Brasil em Cuiabá, local do jogo contra a Venezuela
Nesta segunda-feira (9), a Seleção Brasileira começou a se reunir em Cuiabá de olho nas partidas contra Venezuela e Uruguai, válidas pela terceira e quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. 21 dos 23 jogadores convocados já se apresentaram e participaram do primeiro treino da Canarinho na capital mato-grossense. Após as atividades, o lateral-esquerdo Guilherme Arana e o atacante Gabriel Jesus concederam entrevista coletiva e abordaram temas importantes.
Pouco mais de um ano após sofrer grave lesão no joelho, que o tirou da Copa do Mundo de 2022, Guilherme Arana está de volta à Seleção. E mais motivado do que nunca. O lateral-esquerdo do Atlético-MG falou sobre o difícil período de recuperação e garantiu estar preparado para ajudar a Canarinho.
Vale destacar que o jogador do Galo não estava na convocação inicial de Fernando Diniz para as próximas duas rodadas das Eliminatórias, mas entrou no lugar de Caio Henrique, machucado.
– Foi um período muito difícil que eu enfrentei. Eu sofri bastante, mas quem sofreu mais foi minha família, sem dúvidas. Então quando recebi a notícia da minha convocação, todos começaram a chorar. Mas eu acho que isso é uma página virada. É um novo ciclo (na Seleção), uma nova comissão. Eu estou aqui para ajudar. Procuro evoluir cada vez mais no meu clube. Tudo que passou serviu como aprendizado.
– É como se fosse a primeira vez, uma estreia, uma oportunidade nova, um ciclo novo, uma comissão nova. Venho me preparando bastante, não faz nem três meses que estou jogando após minha lesão. Infelizmente estou aqui por causa da lesão do Caio Henrique, mas futebol a gente tem que estar preparado. Não sei se vou iniciar, mas estou preparando mentalmente e espero aproveitar essa oportunidade.
Arana elogia Fernando Diniz e o compara com Tite
Guilherme Arana não é novato na Seleção Brasileira, no entanto, volta a vestir a Amarelinha convocado por um técnico ainda pouco conhecido por ele: Fernando Diniz. Perguntado sobre o estilo de jogo e as diferenças do treinador do Fluminense em relação à Tite, o lateral não titubeou.
– Como sou lateral, quando jogo contra, escuto bastante ele xingar (risos). Já tenho que ir me acostumando, me adaptando. É um cara que não tem que provar nada para ninguém, está na final da Libertadores. Tenho certeza que se está aqui é porque merece – brincou Arana, antes de comparar Diniz com Tite:
– São dois grandes treinadores, tive o prazer de trabalhar muito tempo com Tite, aprendi bastante coisas com ele, foi ele que me colocou no cenário do futebol no Corinthians. Sobre o Diniz jogar com laterais avançados, já tive um treinador que usava a mesma função, que era o Sampaoli, às vezes jogava por dentro, às vezes era um extremo, favorece porque sou ofensivo, mas também tenho que cuidar do setor defensivo.
Gabriel Jesus revela pedido especial de Diniz
Novamente na lista de Fernando Diniz, Gabriel Jesus revelou um pedido ‘especial' que ouviu do técnico na última convocação, mês passado.
– No Palmeiras, eu fazia bastante (o movimento de fora para dentro), acho que foi o clube que mais fiz, quando comecei a jogar mais centralizado. Joguei como centroavante, jogava muito solto e fazendo o “facão”. Foi onde fiz mais. A primeira coisa que o Diniz falou quando vim na outra convocação foi que ele queria ver o Gabriel do Palmeiras, do City.
– No City joguei bastante com o Aguero, e eu que saía mais, corria mais. No Arsenal, estou bastante solto. Tendo Martinelli e Saka ali do lado, troco muito com o Martinelli. Mas lá é um jogo mais controlado, é outra parada. Mas óbvio que a gente acompanha o trabalho do Diniz no Fluminense, e não é à toa que estão na final da Libertadores.
Jesus se diz pronto para desempenhar qualquer função no ataque
Até a temporada passada, Gabriel Jesus não escondia sua preferência de atuar como camisa 9, apesar de poder jogar pelas pontas e ter mobilidade para isso. Foi esse, inclusive, um dos principais motivos que fizeram o atacante trocar o Manchester City pelo Arsenal. Entretanto, o discurso mudou, e o atleta se colocou à disposição para ajudar em qualquer função.
– Eu venho fazendo muitas funções no Arsenal. Quando eu optei em me transferir do City para o Arsenal, eu deixei bem claro ao Edu (Edu Gaspar) e ao Arteta (técnico do Arsenal) que eu queria voltar a jogar de 9. E a ideia do Arsenal era essa, de eu jogar de 9, mais solto. Essa temporada está sendo um pouquinho diferente, porque tivemos algumas lesões, e dos últimos quatro jogos, eu joguei três de ponta e um de 9. Então, eu acredito que isso seja muito bom para mim. Por algum tempo eu pensei em ficar nessa de falar que quero jogar de 9, mas estou ali para ajudar o time. Sou abençoado por Deus, por ele ter me concedido esse talento e versatilidade de jogar nas três posições na frente.
Confira outras respostas da coletiva
Nova fase da vida (Gabriel Jesus)
– Normal viver alguns ciclos da vida, estou no ciclo de pai, de esposo. Estou sentindo muito bem, feliz e realizado. Sempre tive sonho de ser pai. Minha mãe vai ser sempre minha mãe, minha rainha, mulher que me colocou no mundo, me cuidou, tem grande parcela do homem formado que sou. Estou agora no ciclo de casado, com minha filha, minha mulher. Minha mãe sempre manda mensagem, porém é normal esse distanciamento. Mas ela dá bronca, sim.
Terceiro ciclo de Copa do Mundo (Gabriel Jesus)
– O que aprendi é que não tem tempo para lamentar e nem para aproveitar demais. Toda vez que você vem para Seleção, tem que demonstrar. Não importa se fez gol, tem que repetir e melhorar no jogo seguinte. Isso é o alto nível. Não só na Seleção, é assim na Europa, no Brasil, no futebol (…) é muito difícil chegar na Seleção. Se manter é mais ainda. Venho evoluindo, como pessoa e como jogador. Prefiro não ficar falando da minha posição, e sim estar para ajudar em qualquer posição que o treinador escolher.
Venezuela (Guilherme Arana)
– Hoje em dia a gente tem que respeitar todos os adversários, está aí o exemplo no meu clube, a gente acabou perdendo em casa para o último colocado do Brasileiro não tem que baixar a guarda, manter a seriedade e os jogadores em campo têm que mostrar por que estão aqui.
Por Trivela
0 commentarios:
Postar um comentário