Fluminense volta à final da Libertadores após 15 anos, e Fernando Diniz exalta coragem do time para jogar de forma ofensiva em adversidade
O Fluminense está de volta à final da Libertadores da América após 15 anos. Mas não sem muita emoção. O Tricolor virou sobre o Internacional com gols de Cano e John Kennedy, no fim do jogo, e fez até o técnico Fernando Diniz se emocionar.
Em sua coletiva após a vitória por 2 a 1, o treinador distribuiu sorrisos e suspiros antes de responder perguntas que falavam sobre ele. Mais corajoso e inventivo entre seus pares no país, Diniz falou em sonho após a virada.
— É o sonho que todo mundo fala. É o sonho de conseguir o máximo que possamos conseguir juntos. Sonhamos juntos e vamos continuar sonhando — resumiu.
Ao relembrar o que motivou seu retorno ao clube em 2022, após passagem ruim em 2019, o técnico respirou fundo antes de responder. Em ato de grandeza, pediu desculpas aos jornalistas por respostas acima do tom, e se permitiu seguir sonhando no Fluminense.
— Quando saí daqui, senti que uma hora ia acabar voltando e voltei. Sinto que estou construindo uma história cada vez mais bonita. Não acho que terminou, se não ia embora amanhã. Independentemente do adversário que a gente tiver, será tarimbado, difícil, para ser campeão da Libertadores — opinou.
Diniz destaca coragem do Fluminense em classificação
Na saída de campo, Marcelo elegeu Diniz como o grande culpado pela classificação do Fluminense. Humilde, o técnico agradeceu, mas dividiu os louros com sua equipe, e afirmou que essa foi uma “vitória da convivência”.
— Os jogadores foram brilhantes, durante todo o campeonato, de maneira especial os jogos que jogamos com um a menos. Foi nesses momentos que o time mostrou a grandeza para estar na final. O time foi valente, não se acovardou, saímos perdendo e no segundo tempo a gente foi bem. Foi uma vitória extremamente justa, da união, da coragem, da alegria e da boa convivência. Esse time sabe conviver junto, passar por momentos difíceis. Time de grandes campeões, não de sêniores. Por isso está na final — declarou.
Questionado sobre a partida, Diniz viu um Fluminense corajoso e premiado por “jogar para cima” do Internacional mesmo atrás do placar e fora de casa.
— Extremamente merecedor dessa vitória. Fomos muito audaciosos. Jogamos para cima. No Maracanã, jogando com um a menos, marcamos em cima. Os erros táticos e técnicos vão ser corrigidos, erramos mais até do que deveríamos. Mas o comportamento emocional do time de ganhar o jogo e representar a torcida. A gente sabe que é difícil — destacou.
Antes da decisão da Libertadores, em 4 de novembro, o Fluminense ainda tem alguns compromissos pelo Campeonato Brasileiro — o que a essa altura, apenas Fernando Diniz para destacar, por duas vezes.
Diniz exalta John Kennedy no Fluminense: ‘Vale ouro'
Em outro bonito momento da coletiva, Fernando respondeu sobre John Kennedy, jovem da base do Fluminense em quem o técnico sempre apostou.
Depois de ser um problema — principalmente extracampo —, o camisa 9 não só virou solução como decidiu um dos maiores jogos da história do clube.
— Esse menino é um grande vencedor. É muito difícil ter a vida que ele teve e chegar onde ele já chegou. Ele está se tornando um homem cada vez mais íntegro e mais bonito. É o tipo de jogador que o futebol perde a rodo no Brasil. Espero de coração que ele consiga ter os pés no chão do tamanho do talento dele. Merece todos os elogios e aplausos. Esse menino vale ouro e vou estar sempre do lado torcendo para que ele dê continuidade, possa se encontrar consigo mesmo. Muito além do jogador decisivo, é um homem de grande coração e valor — declarou.
Por Trivela
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