Ao longo de quase oito minutos, o jornalístico expôs os desvios estimados em R$ 140 milhões e os prejuízos causados aos mais necessitados.
O escândalo de corrupção envolvendo a gestão do padre Egídio de Carvalho Neto a frente do Instituto São José e do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, foi destaque na edição de ontem (19) do programa de TV Fantástico, da TV Globo. Ao longo de quase oito minutos, o jornalístico expôs os desvios estimados em R$ 140 milhões e os prejuízos causados aos mais necessitados.
No conteúdo exibido pela Globo, foi citado, por exemplo, os valores de alguns dos quase 30 imóveis do religioso, dentre eles a cobertura no bairro do Cabo Branco - onde vivia padre Egídio - e que custou R$ 2,4 milhões.
Os gastos com obras de artes, animais considerados de alto valor' - como os 'lulus da Pulmerânia - também foram outros pontos destacados sobre a vida de luxo montada pelo padre supostamente com o dinheiro do Instituto São José, que mantém o Hospital.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), os desvios chegam a R$ 140 milhões.
Situação de penúria no Padre Zé
No Fantástico, em um dos trechos da matéria, foram exemplificadas situações que demonstram o estado de 'penúria' deixado pela administração de padre Egídio no Instituto São José e no Hospital Padre Zé: desde a falta de mantimentos dentro da unidade hospitalar a diminuição do projeto de distribuição de comida nas ruas para as pessoas mais carentes.
"Estou mendigando remédios, insumo, alimento, frauda para os doentes", disse em entrevista à Globo o novo gestor do Instituto São José, padre George Batista. Ainda segundo o religioso, após o ocorrido as doações ao instiuto também diminuiram.
Como exemplo, ele cita as ações de arrecadação durante o dia de finados. Segundo apurou Em diversos cemitérios do estado a organização do instituto disponibiliza locais para doações. Em entrevista ao Fantástico, George Batista detalhou a queda no número de doações este ano.
"A arrecadação girava em torno de R$ 50, 60 mil reais. Arrecadamos R$ 13 mil", citou.
Falta de documentações
Na matéria da TV Globo, um dos entrevistados é Dennis Carneiro, promotor de Justiça do Gaeco. Ele cita a falta de organização nas documentações do instituto que mantém o Padre Zé. "O dinheiro transitava da forma que ele (Egídio) queria, da forma que ele queria. Isso tudo aliado a uma completa e absoluta desorganização documental. O Instituto São José tem quase nenhum documento patrimonial. De acervo, de estoque, nenhum".
Em outro trecho ele detalha "O dinheiro transitava da forma que ele (Egídio) queria, da forma que ele queria. Isso tudo aliado a uma completa e absoluta desorganização documental. O Instituto São José tem quase nenhum documento patrimonial. De acervo, de estoque, nenhum".
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