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1.3.24

Fluminense vence a LDU de forma épica, com um a menos, e é campeão da Recopa

O Fluminense venceu a altitude, a cera, arbitragens da Conmebol e também a LDU para exorcizar seu fantasma e ser campeão da Recopa

Quando Fluminense e LDU se enfrentam em um gramado, qualquer um que ame futebol precisa parar o que está fazendo. Mais uma vez no Maracanã, os dois clubes se enfrentaram, desta vez pela Recopa Sul-Americana, e o roteiro foi cinematográfico. Com um a menos, o Flu fez 2 a 0, com dois gols de Jhon Arias, exorcizou seu maior fantasma e ficou com a taça.

O troféu já tem um espaço reservado no novo Museu Fluminense FC, em Laranjeiras. A Recopa Sul-Americana é do Flu, time que tentou jogar futebol nos 180 minutos, sob condições adversas, muita cera, arbitragens questionáveis e contra seus próprios demônios.

Lento, Fluminense para em retranca no início do jogo

Atrás no placar na Recopa Sul-Americana, era de se esperar que o Fluminense começasse o jogo em alta voltagem. Mas mais uma vez, não foi isso que o time de Fernando Diniz apresentou. Contra um adversário que se fechou com dez jogadores atrás da linha da bola, o Tricolor pecou no de sempre: lentidão.

Além de demorar muito para construir, o Flu se movimentava pouco no ataque. A bola girava entre os zagueiros Felipe Melo e Thiago Santos e o volante André, e dali para a frente, parecia um time de totó. Ninguém se mexia, o jogo não fluía, e Ganso, de cabeça em pé, não encontrava com quem jogar.

Arias era o único lúcido do Fluminense. As únicas boas jogadas passavam pelo seu pé, como aos 10, quando Martinelli tentou um rebote na área, mas distante da bola, chutou fraco para defesa fácil de Domínguez. Era a segunda chegada na área do Flu, que sofria com pouca profundidade e velocidade na frente.

LDU promete e cumpre: sai altitude, entra cera

Inferior tecnicamente, a LDU seguiu o manual sul-americano de antijogo da Conmebol. Aproveitou mais um árbitro de baixo nível técnico para gastar tempo com cera e impedir que o futebol acontecesse.

Em apenas uma vez o argentino Facundo Tello conversou com o goleiro Domínguez, que demorava em média um minuto a cada tiro de meta. O papo só ajudou a cera, que naquele momento, durou dois minutos.

Mesmo com muito campo para jogar e dois zagueiros que sabem o que fazer com a bola, os equatorianos tentaram poucas vezes em esticões.

Sem o seu camisa 10, a altitude, a LDU substituiu com a cera. E foi bem em seu propósito de jogar com o regulamento embaixo do braço. Domínguez já prometera, em entrevistas, que “sujaria o jogo” com cera, alegando que o Fluminense também o teria feito em Quito.

Cano perde a melhor chance do Fluminense no 1º tempo

O Fluminense não jogou bem na primeira etapa. Foram 45 minutos de apatia, lentidão e posse de bola inócua. Contra um time muito fechado, o Tricolor movimentou a bola, mas não se mexeu do meio para a frente.

Quando conseguiu, aos 40, Arias tabelou com Samuel Xavier, que achou Cano no meio da área. O argentino, que sempre chuta todas de primeira, decidiu matar a bola. Perdeu o tempo dela e bateu fraco, para defesa de Domínguez, perdendo a melhor chance do Fluminense no jogo.

Dali para a frente, muitos erros de passe de Felipe Melo no início das jogadas, marcação bagunçada no campo defensivo do Fluminense e tentativas da LDU, que rondou a área nos minutos finais.

Técnicos de Fluminense e LDU fazem confusão no intervalo

O árbitro deu inacreditáveis dois minutos de acréscimos, irritando equatorianos e brasileiros no Maracanã. Tanto que, quando Facundo Tello deu o apito final, os técnicos Fernando Diniz, do Fluminense, e Adrián Gabbarini, da LDU, invadiram o gramado.

Ambos correram para reclamar e o ex-goleiro do time equatoriano quase foi as vias de fato com Marcos Seixas, preparador físico do Flu. Depois desse entrevero, o goleiro Domínguez, logo ele, resolveu reclamar com a arbitragem na saída de campo e precisou ser contido por seguranças.

Diniz põe John Kennedy, e Fluminense melhora

O jogo não era mesmo dos mais inspirados do Fluminense. No intervalo, seguindo o seu protocolo, Fernando Diniz mexeu: saiu Felipe Melo, mal no jogo, e entrou John Kennedy.

O time melhorou. E o camisa 9 teve as três primeiras chances da segunda etapa. Com ele em campo, o Flu foi mais agudo. Primeiro, recebeu cruzamento de Samuel Xavier e cabeceou alto, aos cinco. Na sequência, dois minutos depois, emendou rebote do jeito que veio, de esquerda, e mandou para fora. Aos 10, cabeçada para fora.

O Fluminense estava mais vivo no jogo. Mas ainda tinha má atuação.

Veteranos entram, e Fluminense abre o placar

Quando a apatia começava a bater novamente no Fluminense, Fernando Diniz olhou para o banco e chamou o que tinha de melhor. Saíram Diogo Barbosa, Ganso e Keno, entraram Marcelo, Renato Augusto e Douglas Costa. O trio deixou o Flu mais veloz.

Renato Augusto tentou dentro da área, tentou em jogada pela esquerda e pela direita. Douglas Costa, aberto na direita, colocou Arias para a esquerda, e foi assim que o Fluminense tirou o zero do placar.

Aos 30, o Tricolor girou a bola pela direita até que Douglas encontrou Samuel Xavier. O lateral cruzou na área e Arias, sozinho, cabeceou para fazer 1 a 0 e explodir o Maracanã.

John Kennedy é expulso e Fluminense fica com 10

A torcida ainda comemorava o gol quando um balde de água fria foi despejado no Maracanã. Em disputa de bola esquisita, John Kennedy foi com o pé por cima da bola, pisou Zambrano e acabou expulso direto.

O juiz Facundo Tello, que estava bem posicionado, nem sequer olhou o VAR. O camisa 9 caminhou reclamando para o vestiário. A torcida, em vez de reclamar, cantou mais alto.

Arias faz mais um, e Fluminense é campeão da Recopa

Eram jogados 42 minutos do segundo tempo quando o Fluminense, com um a menos, sofreu pênalti. Jogada trabalhada pela direita, Renato Augusto matou na quina da grande área e foi derrubado. Facundo Tello apontou a marca de cal.

Muita confusão e discussão depois, Arias foi para a bola, que era segurada por Marcelo. E o colombiano mais amado do Brasil colocou a bola na bochecha da rede, já aos 44, sem a menor chance para Domínguez. O Maracanã explodiu. O Fluminense era campeão da Recopa Sul-Americana.

Por Trivela 

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