O estudo foi realizado em 11.989 idosos participantes da Noruega, da Suécia e dos Estados Unidos, todos com mais de 50 anos.
Quem é idosos ou trabalha muito tempo sentado e não pratica exercício físico está em risco de desenvolver diversas doenças relacionadas ao sedentarismo, como hipertensão, obesidade, diabetes, osteoporose, entre outras. Porém, dá para contornar esse quadro! Um estudo recente mostrou que mesmo pouco tempo de atividade física por dia é capaz de reduzir esses riscos.
Publicada no British Journal of Sports Medicine no final de outubro, a pesquisa mostrou que apenas 22 minutos de exercício físico moderado a intenso por dia pode reduzir o risco de morte por sedentarismo. Isso quer dizer que, mesmo em uma rotina corrida, tirar um tempo curto para fazer uma atividade já ajuda a obter mais saúde.
O estudo foi realizado em 11.989 participantes da Noruega, da Suécia e dos Estados Unidos, todos com mais de 50 anos. O objetivo foi avaliar se a atividade física moderada a vigorosa poderia influenciar no sedentarismo e no risco de mortalidade.
Os autores concluíram que alguns minutos de exercício reduziram esses riscos quando comparados a indivíduos que não realizavam nenhuma atividade e que passavam mais tempo sentados.
“O sedentarismo está associado ao risco de doenças cardiovasculares, cardiopatias, diabetes, câncer, doenças mentais, entre outras condições. Então, 22 minutos de exercício já é um grande começo para o indivíduo que está iniciando as atividades físicas”, comenta Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais.
Mas, afinal, quais atividades seriam essas? Para os pesquisadores, pequenos hábitos, como caminhada rápida e cortar a grama, já representam exemplos de atividades moderadas, enquanto praticar algum esporte pode ser considerado um exercício vigoroso.
“Caminhada, subir e descer a escada, fazer agachamento ou sentar e levantar da cadeira, praticar polichinelo e flexão de braço, entre outros, já são alguns exemplos de exercícios rápidos e eficazes para sair do sedentarismo”, completa Matheus. “É válido aumentar a intensidade de forma progressiva, levando em consideração a execução correta dos exercícios e tendo orientação profissional”, ressalta.
Os dados do estudo foram coletados por um acelerômetro colocado no quadril dos participantes, que identificava quando as pessoas se mexiam ou não. Os pesquisadores descobriram que mesmo aqueles que passavam quase 12 horas sedentários, o risco de mortalidade associado ao sedentarismo era eliminado se os 22 minutos de exercícios diários fossem realizados.
Os resultados foram positivos mesmo entre aqueles que faziam um pouco menos de atividade física. De acordo com o estudo, quem praticava, pelo menos, 10 minutos de atividade ainda teve uma redução de 32% no risco de mortalidade por condições relacionadas ao sedentarismo.
Com os resultados, os pesquisadores sugerem que o incentivo à atividade física para idosos, mesmo que em exercícios leves e moderados, pode ser um caminho para o tratamento de doenças cardiovasculares ou metabólicas. Além disso, eles afirmam ser necessário fazer mais estudos na população jovem, para entender os benefícios em crianças, adolescentes e jovens adultos também.
Por: ClickPB
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