Um problema foi registrado após o aumento no nível dos rios após as chuvas da última semana e está sendo monitorado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).
Um problema estrutural na chamada ‘ensecadeira’ construída para realização das obras no açude Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, tem chamado atenção de moradores do Sertão paraibano desde a tarde de ontem (16).
O vazamento foi registrado após o aumento no nível dos rios após as chuvas da última semana e está sendo monitorado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).
De acordo com o órgão, por meio de nota, além do monitoramento estão sendo tomadas “todas as medidas visando mitigar os problemas registrados na obra”.
“O DNOCS, no uso de suas atribuições, como responsável pelas Obras de Recuperação e Modernização da Barragem Engenheiro Avidos, está monitorando e tomando todas as medidas, visando mitigar os problemas registrados na aludida obra, situação esta imprevisível em função do elevado volume de chuvas registrado na região, resultando na elevação da cota do reservatório”, diz trecho da nota ao qual o ClickPB teve acesso.
Segundo o órgão federal, tal situação provocou o aparecimento de uma percolação, na ensecadeira, requerendo adoção de medidas emergenciais, “visando garantir não só a integridade da ensecadeira, bem como propiciar o disciplinamento da descarga oriunda desta estrutura”.
ENGENHEIRO ÁVIDOS NÃO CORRE RISCO DE ROMPIMENTO, DIZ DNOCS
De acordo com o diretor técnico do DNOCS, Luís Hernandes, a barragem está “perfeitamente estável”, já que a ensencadeira na verdade é um barramento que foi construído na entrada da tomada de água para permitir que as obras de revitalização do Engenheiro Ávidos, que ocorrem desde 2021, pudessem ser realizadas.
“(A ensencadeira) é um barramento que foi construído na entrada da tomada d’água, cuja função é permitir condições de trabalhabilidade na mesma, criando um sítio estanque(sem a presença de água)”, explicou à reportagem do ClickPB.
Com isso, mesmo com o problema apresentado o que ocorreu ontem (16) foi um aumento no nível das águas do manancial, que consequente são liberadas por meio de comportas e seguem em rios da região.
Segundo o diretor técnico do DNOCS, nesta quarta-feira (17) o nível do reservatório já baixo 21,50 cm e as “condiçõs de estabilidade da ensecadeira foram incrementadas”.
A previsão é que as obras de revitalização no manancial sejam finalizadas até o mês de junho, caso não haja interferência da chuva.
INFORMAÇÕES FALSAS
O ClickPB observou que desde que foi constado o problema na ensecadeira, diversas informações circularam em grupos de aplicativos sobre um possível rompimento no açude, o que foi rechaçado pelo diretor técnico.
“É leviano! Conforme já exposto: O BARRAMENTO É TOTALMENTE ESTÁVEL. Propagar uma notícia dessas é de uma irresponsabilidade sem medida”, disse ao ClickPB.
DADOS DA AESA
De acordo com dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), até ontem o açude Engenheiro Ávidos, conhecido na região de Cajazeiras como ‘Boqueirão’, estava com volume de 122.480.509,40 m³, ou seja 41,71% do volume total (293.617.376,00 m³).
| Nota do DNOCS enviada ao ClickPB:
“O DNOCS, no uso de suas atribuições, como responsável pelas Obras de Recuperação e Modernização da Barragem Engenheiro Avidos, está monitorando e tomando todas as medidas, visando mitigar os problemas registrados na aludida obra, situação esta imprevisível em função do elevado volume de chuvas registrado na região, resultando na elevação da cota do reservatório. Tal situação provocou o aparecimento de uma percolação, situada no off set de jusante da ensecadeira, requerendo adoção de medidas emergenciais, visando garantir não só a integridade da ensecadeira, bem como propiciar o disciplinamento da descarga oriunda desta estrutura. Nessa toada, o DNOCS mobilizou uma equipe que está monitorando as condições de estabilidade da ensecadeira, e, paralelamente a esta ação, está promovendo a mobilização de uma equipe especializada na montagem de equipamentos hidromecânicos, visando calar as duas comporta da nova tomada d’água na boca de montante da referida estrutura. Com essa medida, amortizaríamos os efeitos danosos de um possível colapso da ensecadeira. Nesse diapasão, também promoveremos o içamento das comportas de setor do vertedouro, aumentando a seção de descarga do mesmo. Em suma: todas as medidas de cunho técnico, e aplicáveis a situação que ora vivenciamos, estão em curso. Já mantivemos contato com o Corpo de Bombeiros e estamos repassado a corporação todas as informações que julgamos pertinentes”.
Por ClickPB
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