Favoritos ao título, Palmeiras de Abel e Flamengo de Tite não conseguem sair do zero no Allianz Parque
Com viagens para Equador e Bolívia no meio da semana, pela Copa Libertadores, Palmeiras e Flamengo, respectivamente, saem sem grandes traumas do primeiro embate de 2024.
O 0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro foi um resultado justo para uma partida em que as duas equipes até tiveram mais vontade de ganhar do que medo de perder — para citar uma corruptela do famoso bordão de Vanderlei Luxemburgo. Mas não conseguiram superar boas tardes dos dois sistemas defensivos e as muitas faltas — 37 no total, sendo 23 do Palmeiras.
As duas maiores forças do futebol brasileiro fizeram um jogo muito estudado na primeira etapa e mais aberto na segunda. Mérito para o Flamengo, que entrou sem Pedro e De la Cruz, poupados. Mérito para o Palmeiras, que entrou completo e, mesmo muito cansado, segurou a boa equipe de Tite.
Pouco perigo
Abel escalou o Palmeiras com três zagueiros de ofício. Mas, na prática, foi Piquerez que atuou pelo lado esquerdo da defesa na primeira etapa. Luan foi um volante e Ríos fez a ala direita.
No ataque, o técnico do Palmeiras voltou a usar a ideia de Mayke como ponta direita, formando a linha de frente com Flaco e Endrick pela esquerda.
Moreno e Veiga tentavam levar o time ao ataque. Mas, na prática, muito pouco aconteceu. Num primeiro tempo com 21 faltas — 14 do Palmeiras — houve pouca ação.
O Flamengo chegou se aproveitando dos erros alviverdes. O Palmeiras, pelo alto. Aos 33, Gómez cabeceou para fora, sozinho, após escanteio de Veiga. Aos 35, foi Flaco, em jogada de Mayke.
Endrick teve menos a bola do que o necessário para ser realmente perigoso. Não teve liberdade alguma. Mesmo assim, preocupou a defesa rubro-negra. Aos 20, em duelo com Fabrício Bruno, chegou bem à linha de fundo. Aos 43, avançou pelo centro e bateu para fora.
Um ensaio de jogo solto, mas o empate prevalece
Os dez primeiros minutos do segundo tempo enganaram. Com boas chegadas dos dois times, em especial do Palmeiras, parecia que o jogo ficaria mais aberto.
Aos 10 mesmo, Flaco cabeceou com perigo, após boa jogada de Ríos. E embora o Palmeiras tenha mudado sua maneira de se movimentar, e até criado mais, não houve muitos mais lances de perigo.
Já com Pedro desde o intervalo, o Fla encorpou de vez com as entradas de Gerson e De la Cruz. Abel respondeu com Rony no lugar de Flaco, para tentar explorar as costas da zaga rubro-negra, e Menino na de Ríos
Como sempre, o palmeirense mais perigoso era Endrick. Aos 29, após lançamento de Aníbal, a defesa carioca errou e Veiga conseguiu acionar Endrick, que bateu raspando a trave esquerda de Rossi. Abel então foi para a última cartada, com Estêvão e Lázaro para cima da desgastada rubro-negra.
Foi só a partir dos 25 que o jogo aberto ensaiado no começo virou realidade., com a duas equipes criando jogadas perto da área adversária. A torcida percebeu e acordou de vez. Aos 43, o Allianz chegou a explodir após gol de Aníbal com cruzamento de Menino. Mas o argentino estava impedido.
Um erro de Endrick ainda deu uma boa chance ao Fla em contra-ataque, nos minutos finais. Mas o empate era mesmo o destino dos favoritos à conquista.
Por Trivela
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