Cruzeiro atuou longe do Mineirão, em Cariacica (ES), por venda de mando efetuada pela gestão de Ronaldo
A derrota celeste acabou cumprindo às expectativas negativas criadas após a divulgação do vendo do mando de campo feito pela antiga diretoria do Cruzeiro.
Tal decisão tirou o time celeste de Minas Gerais, onde só havia vencido no Brasileirão, e o levou para um estádio mais acanhado, que contou com público bem inferior àquele que costuma marcar presença no Mineirão.
Outro fator que complicou o Cruzeiro foi o gramado ruim do estádio, que prejudicou um estilo de jogo que abusar das trocas de passe.
No fim, uma decisão nada esportiva da antiga gestão pesou e prejudicou muito o time celeste no Campeonato Brasileiro.
Fortaleza faz grande partida
Se por um lado o mando de campo vendido atrapalhou, é preciso exaltar a grande exibição do Fortaleza.
Mesmo cheio de desfalques, o Leão do Pici foi valente e efetivo, conseguindo uma vitória enorme.
Mortal como sempre, o Fortaleza, salvo alguns momentos do primeiro tempo, conseguiu travar o Cruzeiro e sair com muita qualidade nos contra-ataques, levando muito perigo neste tipo de lance e marcando, assim, seus gols.
Após marcar seus gols no primeiro tempo, o time de Vojvoda se defendeu com muita qualidade na etapa final e mostrou porque é o terceiro colocado do Brasileirão.
Cruzeiro usou com força máxima, enquanto Fortaleza chegou desfalcado
Tendo oito jogadores pendurados, quatro deles titulares, houve quem entendesse que poupar alguns dos atletas seria interessante, para assim garantir que o time chegasse completo para o clássico do próximo sábado (10), contra o rival Atlético-MG.
Apesar disso, o treinador Fernando Seabra, entendendo a importância do confronto direto contra o Fortaleza, escalou força máxima. O Cruzeiro começou o jogo assim:
- Cássio; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon; Lucas Romero, Matheus Henrique, Barreal e Matheus Pereira; Lautaro Díaz e Kaio Jorge.
Já o Fortaleza tinha muitos desfalques, como o lateral-direito Tinga, os meio-campistas Hércules e Pochettino, além dos atacantes Calebe, Machuca e Lucero. Sendo assim, Juan Pablo Vojvoda escalou o Leão do Pici da seguinte maneira:
- João Ricardo; Brítez, Tómas Cardona, Kuscevic; Bruno Pacheco, Lucas Sasha, Pedro Augusto e Matheus Rossetto; Marinho, Breno Lopes e Renato Kayzer.
O eficiente Fortaleza abre o placar com Breno Lopes
O Cruzeiro começou a partida mantendo a posse de bola, circulando no campo de ataque do Fortaleza, mas sem conseguir criar chances de gol.
Apesar de pouco ficar com a bola nos minutos iniciais, o Leão do Pici mostrou porque é considerada uma das equipes mais efetivas do Brasil.
O time de Vojvoda precisou de poucos toques na bola para, aos oito minutos, abrir o placar.
Em contra-ataque rápido, Marinho recebeu no meio e deu bela bola para Breno Lopes, que livre, recebeu invadindo a área e bateu cruzado, no cantinho de Cássio, para abrir o placar.
“Lei do Ex”, visto que Breno teve passagem pelas categorias de base do Cruzeiro.
Matheus Henrique marca o primeiro pelo Cruzeiro
Apesar do gol sofrido, o Cruzeiro não mudou a forma de jogar e seguiu se mantendo no campo ofensivo.
Essa postura ofensiva da equipe de Fernando Seabra não demorou a ser premiada.
Logo aos 14 minutos, o próprio Matheus Henrique iniciou jogada que Matheus Pereira finalizou de perna direita, após rebatida, obrigando João Ricardo a fazer grande defesa.
Após a intervenção, a bola voltou para a entrada da área, ficando no jeito para Matheus Henrique bater de esquerda, que não é sua perna dominante, chapando na “bochecha da rede” do goleiro do Fortaleza.
Enxergando as dificuldades de sua equipe, Seabra mexeu novamente aos 13, sacando Kaio Jorge, que fez partida ruim, e acionando Juan Dinenno.
Vojvoda respondeu cinco minutos depois, com Zé Welison e Moisés nas vagas de Rossetto e Kayzer. A mudança do Leão deu mais certo e Moisés quase ampliou, após grande jogada, mas João Marcelo salvou.
Seabra mudou novamente aos 23, colocando Arthur Gomes e Lucas Silva e tirando Lautaro e Matheus Henrique.
Talvez buscando nova lei do ex, aos 31 Vojvoda colocou Pedro Rocha, outro ex-Cruzeiro, na vaga de Breno Lopes. Dudu substituiu Marinho.
Por sua vez, Seabra foi para o tudo ou nada aos 41, colocando o jovem meia Vitinho na vaga de Lucas Romero.
Barreal acerta o travessão nos acréscimos
No fim do jogo, aos 50, o Cruzeiro teve sua grande chance da segunda etapa, em chute de fora da área de Barreal, mas a bola caprichosamente acertou o travessão.
Com pouco tempo para lamentar o lance, a torcida do Cruzeiro ainda lamentou o cartão amarelo dado a João Marcelo após tentativa de bicicleta em jogada de bola aérea. Jogador será desfalque contra o Atlético.
Por Trivela
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