O técnico Dorival Júnior comentou sobre o complicado momento vivido pela Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, dia do último treino do time canarinho para o confronto com o Chile, em Santiago, o treinador não se opôs às críticas recebidas por jogadores e comissão, mas questionou a falta da paciência neste processo de reformulação.
“Preocupa? Óbvio que preocupa. Mas, quando assumi, o maior número de perguntas era no sentido de renovação. Vai existir essa renovação, estamos fazendo uma mudança considerável em termos de nomes, dando oportunidades a jovens e necessitando extremamente de resultados. Quero entender o que todos nós queremos. As mudanças e os resultados no dia seguinte? Ninguém é mágico”, comentou Dorival.
É claro que o treinador da Seleção Brasileira não imaginou que a situação poderia ser tão delicada como é a atual quando aceitou o convite para substituir Fernando Diniz. O Brasil é apenas o quinto colocado das Eliminatórias Sul-Americanas, com dez pontos, somente um a mais que a Bolívia, primeira equipe fora da zona de classificação para a Copa do Mundo.
“Os resultados são fundamentais. Isso daí, desde que era garoto, com seis, sete anos, jogando numa escola qualquer da vida, sabia que tínhamos que ganhar. Num país como o nosso, a impaciência faz parte do nosso dia a dia. Vivi isso praticamente durante toda minha vida de atleta profissional e agora como treinador ao longo desses 20 anos. A experiência conta muito, os momentos se repetem em cada clube, as pessoas nunca vão aprender, porque queira ou não são situações muito semelhantes, seja em clubes de Sèrie A, B, C ou D. Se você está nesse meio, tem que vivenciar tudo isso e aprender com os erros e acertos”, prosseguiu.
Apesar do mau momento da Seleção Brasileira, incluindo também a eliminação nas quartas de final da Copa América para o Uruguai, é justo lembrar que Dorival Júnior comandou o time em apenas dois jogos dessas Eliminatórias. A crise que assola a equipe canarinho não é de hoje, mas o atual treinador tem plena confiança de que esse período pode ser aproveitado para criar “casca” e promover uma seleção natural de quais são os jogadores que saberão lidar e superar tudo isso, como uma espécie de “peneira” para a Copa do Mundo.
“É preciso de mudanças com um time consistente, para chegar lá na frente alicerçados, com condições reais de disputar uma Copa do Mundo. Não fujo do que assumi. É uma reformulação, eu enfrento, agora a impaciência faz parte. Por isso que tenho que estar às vezes alheio a esse movimento. Mudanças nem sempre são acompanhadas dos resultados iniciais. Estamos bem perto de um acerto, podem ter certeza disso”, concluiu.
Por Gazeta Esportiva
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