Na Paraíba, a produção do algodão em puma é realizada nas regiões da Borborema, Cariri, Curimataú e Sertão.
A produção de algodão em pluma deve atingir cerca de 300 toneladas na safra de 2024/2025 na Paraíba, com previsão de crescimento de 50%, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo os dados publicados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), a expectativa é de que a produção amplie de 200 para 300 toneladas, no atual ciclo de cultivo do algodão.
Ainda de acordo com o levantamento, deve ser registrada uma melhoria da produtividade, que representa a otimização do trabalho e redução de custos. A Paraíba deve ampliar de 291 quilos por hectare na safra anterior, para 414 quilos por hectare na atual, um crescimento de produtividade de 42,5%.
O estado é destaque na produção do algodão agroecológico e colorido, e vem alcançando o mercado da moda e de confecções em geral com o produto. O algodão é a fibra natural mais antiga e cultivada do mundo e o Brasil é o terceiro produtor e o maior exportador mundial do item. Na Paraíba, a modalidade agroecológica vem crescendo e consolidando-se como matéria-prima sustentável e livre de agrotóxicos. O plantio envolve a técnica de rotação de cultura, o que permite manter os nutrientes do solo.
Crédito aos agricultores
O Banco do Nordeste (BNB) vai intensificar a oferta de crédito aos agricultores do setor ao longo do ano, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em linhas para custeio rural, apoio a jovens agricultores, crédito para mulheres agricultoras, como também o microcrédito do Programa Agroamigo.
A coordenadora do Arranjo Produtivo Local (APL) do algodão da Paraíba e Integrante da associação Rede Borborema de Agroecologia (RBA), Suzana Aguiar, destaca a atuação de agricultores familiares nos últimos 20 anos, na retomada da cultura do algodão no estado.
“A retomada da atividade surge em rede regenerativa, quando os agricultores familiares passaram a reconsiderar a produção, com apoio da Embrapa Algodão e de outros parceiros. Os ganhos mais relevantes são a diminuição do êxodo rural, a segurança alimentar e o fortalecimento dos próprios agricultores, por meio das associações e de cooperativas”, destaca.
No estado, há pelo menos três núcleos de organização dos agricultores, como a RBA, a Associação de Certificação Participativa dos Produtores Agroecológicos do Cariri Paraibano (ACEPAC), e a Cooperativa gerida pelo Polo Borborema (Coopborborema). Na Paraíba, a produção é realizada nos territórios da Borborema, Cariri, Curimataú e Sertão.
De acordo com a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), uma unidade produtiva de um hectare tem capacidade média de produção de 1,2 tonelada de algodão, a cada ano.
Por ClickPB com Assessoria
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