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11.10.23

Palmeiras: vandalismo em lojas da Crefisa agrava relação tensa entre Leila Pereira e parte da torcida

 Muros de lojas da patrocinadora do Palmeiras foram pichados por torcedores organizados; Leila Pereira manifestou repúdio aos atos e fez desabafo

Que Leila Pereira e torcedores organizados do Palmeiras não se bicam, todos já sabem. No entanto, tal relação tem passado do ponto e esbarrado em questões sérias. Na madrugada desta terça-feira (10), integrantes da Mancha Alvi Verde picharam cerca de 40 lojas da Crefisa, principal patrocinadora do clube, espalhadas pelo Brasil. O ato de vandalismo claro, teve como ‘objetivo' atingir a presidente palmeirense, dona da empresa de crédito pessoal.

“Leila mentirosa” e “Fora Barros”, mais uma vez, foram os dizeres da manifestação. Isso porque, na última segunda-feira (9), um dia após a derrota do Palmeiras no clássico contra o Santos, muros da sede social do clube também foram danificados, com ‘recados' endereçados a mandatária e ao diretor de futebol. A guerra entre diretoria e parte da torcida parece não ter fim. Pelo contrário. A cada tropeço do time de Abel Ferreira dentro de campo ou medida tomada por Leila fora das quatro linhas automaticamente desperta insatisfação e fúria dos adeptos organizados. O clima é tenso, e tem minado o já 2023 irregular do Verdão.

Muro de loja da Crefisa pichado (Foto: Gabriel Amorim/Podporco)

Leila se manifesta e repudia atos de vandalismo; e ela está certa

Todo torcedor tem o direito de protestar e emitir sua opinião, afinal futebol mexe com sentimentos fortes e genuínos, como paixão, amor, devoção, entre outros. Contudo, a violência e o vandalismo não são justificáveis. Nem no futebol e em nenhuma outra esfera da sociedade. Após os episódios lamentáveis de pichações, Leila Pereira se manifestou e acertou em seu discurso. A presidente palmeirense repudiou os ataques e afirmou que o ocorrido deprecia não só a imagem do clube, bem como a indústria do futebol.

– É muito triste que uma empresa que tanto tem contribuído com o êxito do Palmeiras, ao longo dos últimos nove anos, seja alvo de ataques. Os vândalos que picharam a sede social do clube e as lojas da Crefisa não estão atingindo a presidente do Palmeiras, mas sim o mercado do futebol brasileiro, que necessita de investimento para poder crescer -, disse Leila Pereira, antes de concluir:

– Qual empresa vai querer patrocinar um clube sabendo que vândalos, que se declaram torcedores, causam danos ao patrimônio da instituição e trabalham contra o próprio patrocinador do time? É uma violência sem sentido, que deprecia a indústria do futebol como um todo.

Mancha Verde x Leila Pereira: uma guerra que parece longe de acabar

A péssima relação (ou ausência dela) entre Mancha Verde e Leila Pereira não é de hoje. Tudo começou no início da gestão da mandatária, quando organizados protestaram contra a presença de um assessor pessoal, que é corintiano e tem ligações com o arquirrival alvinegro. Leila se incomodou bastante com a questão na época, tirou o profissional da rotina do clube, mas manteve relação com ele fora do ambiente de trabalho.

Ainda assim, os protestos continuaram, o que acabou irritando Leila de vez. A presidente começou a interpretar as insatisfações como falta de respeito e decidiu romper as relações com o grupo. Na sequência, a empresa da mandatária parou de patrocinar a torcida organizada no carnaval e ajudar a custear viagens para jogos fora de São Paulo. A guerra estava declarada e até hoje se mantém.

A tensão é tanta que, no mês passado, Leila Pereira solicitou medida protetiva contra três membros da Mancha Verde. E foi atendida. Em decisão do juiz Fabrício Reali Zia, o presidente da torcida, Jorge Luis Sampaio Santos, e os vice-presidentes Thiago Melo, o “Pato Roko”, e Felipe de Mattos, o Fezinho, ficaram proibidos de terem contato pessoal ou virtual com a mandatária do clube. O trio deve manter distância mínima de 300 metros do ambiente de trabalho ou da residência de Leila. Caso não respeitem a ordem judicial, a prisão preventiva pode ser decretada.

Nas arquibancadas, mais protestos. No último domingo (8), antes, durante e depois do clássico contra o Santos, a Mancha Verde puxou cantos contra Leila e Anderson Barros. Após a derrota de virada, as críticas e xingamentos pesaram ainda mais o clima no clube. Abaixo, veja os gritos ecoados:

  • Ô, Leila, incompetente, pegou o Palmeiras para brincar de presidente”
  • “Ôooo, o seu dinheiro não compra o meu amor. Mentirosa!”
  • “Ô, Leila, quebra meu galho, pega o avião e vai pra casa do c…”
  • “Vergonha, vergonha. Diretoria sem vergonha”
  • “Barros, c…, fora do Verdão”
Mancha Verde presente em jogo do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Icon Sport)

Abel Ferreira parece exausto com ‘chuva' de críticas e discursos de ódio

Abel Ferreira ganhou tudo no Palmeiras, mas parece cansado da avalanche que é o futebol brasileiro. As pesadas críticas de parte da torcida não só a Leila Pereira, mas também ao trabalho do treinador e ao desempenho de certos jogadores, tem tirado o sono do português. Em coletiva pós derrota para o Santos, o técnico expôs sua visão sobre tal temática e deu fortes relatos de atletas que pediram para sair do clube por conta de ameaças.

– A crítica é tão agressiva e violenta que mata os jogadores. O telefone tem coisas maravilhosas. Me ajuda a ver meus pais quase todos os dias, mas tem outras que são veneno puro. Ódio, inveja, violência (…) Eu não gosto quando idolatram. Nós não salvamos vidas. Mas quando há essa loucura, quando as coisas ocorrem bem, transformam os jogadores em deuses, treinadores em deuses, diretores em deuses. Quando perde, transformam em lixo -, afirmou Abel, antes de falar sobre os jogadores ameaçados:

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