A tão sonhada reforma para ampliação do Morumbis parece estar cada vez mais perto de sair do papel. Dirigentes do São Paulo, que pretendem modernizar o estádio até 2030, ano do centenário do clube, esperam pela apresentação do projeto por parte da WTorre para mostrá-lo aos conselheiros e à torcida tricolor.
De acordo com o diretor de marketing do São Paulo, Eduardo Toni, a WTorre tem até o fim do ano para apresentar o projeto completo ao clube. Isso inclui custos, o design e também o modelo de negócio que será costurado.
A diretoria tricolor, por sua vez, terá um tempo para analisar a proposta e, se houver acordo, enviará o projeto para a aprovação no Conselho. Depois de todos esses trâmites, a diretoria deve enfim divulgar o desenho à torcida. Segundo Toni, isso deve acontecer até o primeiro trimestre do ano que vem.
"Ainda não temos nada para apresentar ao torcedor. É importante explicar para que todos tenham clareza. Temos um acordo inicial com a WTorre, ela tem até o final deste ano para apresentar ao São Paulo o projeto completo da reforma e ampliação do estádio do Morumbis. Apresentar do ponto de vista total: custos, design, parcerias, modelo de negócios. Isso deve ser apresentado ao São Paulo até o fim do ano. Temos um período de análise interna e, havendo um acordo quanto a isso, vamos passar pelos órgãos internos do São Paulo. Vamos passar por todos os conselhos, aprovar com os sócios e depois vamos divulgar isso para a torcida. Imagino que essa parte, de apresentar o projeto para a coletividade são-paulina, fique para o primeiro trimestre do ano que vem", afirmou o dirigente.
A ideia do São Paulo é que o Morumbis seja ampliado para comportar de 80 a 85 mil pessoas em dias de jogos. Neste momento, a capacidade do estádio gira em torno de 65 mil torcedores.
Todavia, existem alguns obstáculos para que a modernização se concretize. Além das obras no Córrego Antonico, que passa por baixo do Morumbis, o projeto precisa da aprovação do Conselho antes de virar realidade. Por esse motivo o diretor de marketing não crava que a reforma acontecerá, mas demonstra otimismo.
"A gente não tem como garantir [a reforma]. Somos um clube associativo, dependemos da aprovação dos conselheiros. Podemos fazer um projeto espetacular e não ser aprovado. Imaginamos que vamos conseguir um bom projeto, com um modelo de negócio interessante para o clube, e teremos aprovação em todas as instâncias. Mas não dá para cravar. O presidente do São Paulo pode muito, mas não pode tudo. Ele precisa aprovar suas ações nos conselhos. Isso será feito. Não temos como garantir. Nossa gestão se caracterizou por aprovar seus contratos com mais de 80 ou 90% de adesão, algo muito importante. A gente tem bastante otimismo em relação a isso", ponderou.
"O estádio do Morumbis é icônico, um dos mais importantes do mundo. O estádio já tem uma condição muito boa. Tem uma manutenção espetacular, recebe entre 60 e 65 mil pessoas nos seus momentos de pico. Até mais em dias de shows. Acho que é importante modernizá-lo. Vemos outros clubes fazendo esse trabalho, alguns já com estádios prontos. Não podemos deixar isso para trás, é importante deixar esse legado para as próximas gestões e para o torcedor são-paulino", acrescentou.
O São Paulo já assinou um acordo inicial com a WTorre e vê a ampliação do Morumbis como um dos pilares para seu centenário, que será celebrado em 2030. A primeira ação do projeto de 100 anos do clube ocorreu nesta quarta-feira, com a renovação do contrato de patrocínio da Ademicon por mais seis temporadas.
Por Gazeta Esportiva
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