A Polícia Civil ainda não encontrou, até esta quarta-feira, o pediatra investigado por abusar sexualmente de crianças na Paraíba. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão, recolhendo vários materiais.
O pediatra Fernando Paredes Cunha Lima continua foragido, nesta quarta-feira (6), após a Justiça da Paraíba expedir mandado de prisão e a Polícia Civil fazer buscas e não encontrá-lo no prédio onde mora, em João Pessoa. Ele foi alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão nessa terça-feira (5). O ClickPB não conseguiu contato com o advogado do médico, nesta quarta-feira (6).
A Polícia Civil ainda não encontrou, até esta quarta-feira, o pediatra investigado por abusar sexualmente de crianças na Paraíba. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão, recolhendo vários materiais.
Policiais civis na residência do médico
A delegada Ana Carolina Adissi informou ontem, em entrevista à imprensa, que foi apreendido um material volumoso o qual será submetido a perícia.
“O mandado já foi expedido e a gente veio para cumprir o mandado de prisão e o mandado de busca e apreensão. Segundo o porteiro, já tinha uma chave. A gente solicitou a presença do síndico e da vizinha para acompanharem todo o cumprimento. A gente apreendeu um material bastante volumoso. Isso vai para a perícia e agora ele é considerado foragido”, explicou a delegada.
Ainda segundo a delegada, “a gente vai empreender diligências no sentido de localizá-lo e pedir a perícia no material apreendido na residência do médico.”
Material apreendido
A ordem de busca e apreensão foi expedida para que fossem apreendidos dispositivos eletrônicos e as fichas e prontuários de pacientes que estejam em poder de Fernando Cunha Lima. Além disso, a Justiça determina que deve ser realizada a “perícia das mensagens e ligações efetuadas e recebidas por meio dos aparelhos celulares exclusivamente referentes aos fatos investigados ressalvada a verificação de possíveis outras atividades a justificarem a investigação.”
O relator do caso, desembargador Ricardo Vital, entendeu ser “necessário o custodeamento preventivo tanto pela garantia da ordem pública quanto pela conveniência da instrução criminal.”
O voto do relator Ricardo Vital foi seguido pelos desembargadores Joás Brito Pereira e Fred Coutinho. Já os desembargadores Márcio Murilo e Saulo Benevides se averbaram suspeitos.
Defesa pedirá ‘Habeas corpus’
A defesa do pediatra Fernando Cunha Lima afirmou, ontem ao ClickPB, que a decisão judicial é “equivocada” e garantiu que vai entrar com um ‘Habeas corpus’ para garantir a liberdade do médico.
Ao ClickPB, o advogado Lucas Mendes, um dos profissionais que trabalham na defesa de Fernando, informou que um ‘Habeas corpus’ será encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo é garantir que o médico não seja preso.
“Hoje, o Tribunal de Justiça da Paraíba deu provimento ao recurso do Ministério Público para decretar a prisão preventiva. Entendemos que a decisão é equivocada e vamos impetrar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. Confiamos na concessão da ordem para garantir a liberdade plena do senhor Fernando Paredes Cunha Lima”, afirmou o advogado.
Por ClickPB
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